O papel da formação na disseminação de boas práticas
O papel da formação na disseminação de boas práticas
A difusão do conhecimento e de know-how útil, designadamente a disseminação de boas práticas, constitui, quando suportada em modelos estruturados, um instrumento de multiplicação pedagógica que contribui para uma gradual melhoria da produtividade e competitividade das organizações.
A disseminação de boas práticas pode ser considerada como uma metodologia potenciadora do desenvolvimento de competências dos colaboradores, através da transferência e difusão de modelos e práticas inovadoras comprovadas. Para o efeito, destaca-se, para a sua operacionalização, a importância atribuída às entidades de formação que podem assumir um duplo papel de monitorização do processo de legitimação e de facilitação da disseminação e incorporação das boas práticas.
A partir de acções de benchmarking, acompanhadas de uma reflexão estratégica, as empresas podem adoptar boas práticas e introduzir inovação nos seus processos e práticas de trabalho. Criando assim, novas soluções, inovando produtos e serviços com mais valor, gerando enormes vantagens e consequências positivas na produtividade e competitividade da organização.
No sector da formação, a inovação através da adopção de boas práticas coloca desafios novos, em particular, às entidades formadoras, exigindo-lhes competências novas, pois estamos perante formas diferentes de aprendizagem e de desenvolvimento de competências, por outro lado, uma mudança de atitude – habitualmente reactiva – para uma atitude simultaneamente estratégica e activa.
Por parte das organizações, as expectativas dos clientes também são diferentes, os novos desafios exigem atitudes diferentes, determinando o abandono de formas pouco competitivas de pensar a formação, em particular pelos departamentos de formação das organizações.
Na verdade, as entidades de formação assumem um duplo papel na identificação e disseminação da inovação através de:
1 - Praticar a inovação em seu próprio benefício – as entidades de formação devem reforçar as suas competências, com o desenvolvimento de práticas formativas inovadoras e, respectiva incorporação desse know-how nos ciclos de produção e trabalhos internos;
2 - Liderar com eficácia e reconhecimento processos de inovação – os conhecimentos e as competências, individuais e organizacionais, gerados a partir das práticas de integração de inovação na própria entidade formadora produzirão massa crítica competitiva, estrategicamente útil à entidade de formação para que se afirme como um parceiro privilegiado de condução de processos de inovação dentro das organizações.
A conjugação destes dois papéis garantirá com toda a certeza o protagonismo e, acima de tudo, competências distintivas que reforçam a afirmação de qualquer entidade formadora no mercado.
Em conclusão, a formação assume um papel de excelência no comando de equipas focalizadas nas boas práticas que, dentro das organizações clientes, conduzirá processos de inovação, tornando-se o verdadeiro motor da produtividade, da competitividade e da satisfação.
Elisabete Tomé
Executive Director at Let'sTalkGroup
in Human, Dezembro 2011
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